A Prostatectomia Radical é atualmente a cirurgia mais realizada para o tratamento do câncer de próstata. Ela pode ser realizada de forma convencional (aberta), videolaparoscópica e robótica.
Independente da forma utilizada, uma das consequências mais comuns após a Prostatectomia Radical é a redução da potência sexual. Isso ocorre frequentemente, porque os nervos que controlam a ereção passam muito próximos a próstata, podendo ser comprometidos durante a cirurgia.
Nestes casos, o comprometimento da ereção pode ser definitivo ou temporário, com alguns pacientes recuperando a rigidez peniana de forma lenta e progressiva no período de até um ano.
A ausência de ereções leva a um estado de pouca oxigenação e lesão tecidual no pênis, que pode ser revertido pelo retorno das ereções durante programas de reabilitação.
Diversas publicações científicas têm demonstrado o benefício de programas de reabilitação peniana, aumentando as chances e a velocidade de recuperação da potência sexual em pacientes submetidos a Prostatectomia Radical.
O objetivo da reabilitação peniana é diminuir o dano tecidual causado pela ausência das ereções, estando recomendada para todos os pacientes com disfunção erétil após a cirurgia. Ela pode ser iniciada logo após a retirada do cateter vesical, de acordo com diversos protocolos. Os melhores resultados são obtidos com a utilização de medicações orais ou injetáveis no pênis, associadas a fisioterapia pélvica e ao uso de dispositivos de vácuo (muito realizado nos Estados Unidos e pouco difundido no Brasil).
Para proporcionar melhores resultados, a clínica dispõe de programas de reabilitação peniana direcionados para cada situação específica, envolvendo um caráter multidisciplinar e o uso de diversas tecnologias.